PM suspeito de envolvimento nas mortes de funcionários de ferro-velho na BA é solto; corpos das vítimas seguem desaparecidos

  • 21/01/2025
(Foto: Reprodução)
Paulo Daniel e Matusalém desapareceram em novembro de 2024, em Salvador. Dono de ferro-velho, suspeito de ser mandante do crime, segue foragido. Policial investigado por desaparecimentos em ferro-velho é solto em Salvador O soldado da Polícia Militar Josué Xavier, suspeito de envolvimento nas mortes de dois jovens funcionários de um ferro-velho que desaparecerem em Salvador, foi solto após o fim do prazo da prisão temporária. Os corpos de Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz seguem desaparecidos. Segundo a Polícia Civil, um pedido para a manutenção da prisão do suspeito foi feito, mas a instituição não recebeu resposta. Através de nota, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) informou que não pode explicar o motivo do documento não ter sido analisado, porque o caso está sob segredo de Justiça. A Polícia Militar afirmou que Josué Xavier voltou a fazer parte do quadro da corporação, mas vai atuar no setor administrativo até o fim das investigações. Ele é lotado na 19ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) de Paripe. Além do policial, o gerente do ferro-velho, Wellington Barbosa, conhecido como "Cabecinha", também chegou a ser preso. Ele cumpria prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, porque foi diagnosticado com hanseníase, doença que pode atingir a pele e nervos, causando incapacidades físicas. Jovens desapareceram após saírem para trabalhar Reprodução/TV Bahia Na última vez que falou sobre o assunto, o delegado José Nélis, da 3ª Delegacia de Homicídios, responsável pelas investigações, disse que ainda não era possível afirmar a participação de cada um dos presos na ação. Porém, as apurações da Polícia Civil apontam que Paulo Daniel e Matusalém foram mortos. A Polícia Civil não informou se também pediu a manutenção da prisão dele e nem se o pedido foi aceito pela Justiça. O desaparecimento de Paulo e Matusalém completou dois meses em 4 de janeiro. Os dois jovens foram vistos pela última vez quando saíram de suas respectivas casas para trabalhar como diaristas no ferro-velho, localizado no bairro de Pirajá. O dono do empreendimento, Marcelo Bastista da Silva, é considerado suspeito de ser o mandante do crime. Em 9 de novembro, a Justiça decretou a prisão preventiva do empresário, mas ele fugiu e é procurado pela polícia. [Saiba mais sobre o empresário ao final da matéria] Marcelo é réu em um processo em que é acusado de violência doméstica contra a ex-companheira. Uma audiência está marcada para a próxima semana, mas segundo a vítima, o advogado dele pediu o adiamento. Quem é o dono do ferro-velho? Marcelo é dono do ferro-velho onde jovens trabalhavam e está foragido da Justiça Redes sociais Marcelo Batista da Silva é o dono do empreendimento. Além do mandado de prisão em aberto em relação ao desaparecimento dos dois jovens, o nome do empresário aparece em investigações a respeito de outros crimes. Segundo a polícia, ele é: investigado por duplo homicídio investigado por tentativa de homicídio apontado com envolvimento com milícia e facção criminosa responde por violência doméstica contra a ex-mulher Na Justiça do Trabalho, ele responde a nove processos que estão em tramitação. Outros 60 foram arquivados. As acusações abordam descumprimento de pagamento de salário, horas extras, assédio sexual e tortura. Empresário suspeito e manchas no carro: o que se sabe sobre desaparecimento de funcionários de ferro-velho na Bahia A suspeita do envolvimento do empresário no crime foi denunciada pelas famílias dos jovens, que relataram que Marcelo havia acusado as vítimas de furto. Ao longo das investigações, o carro do suspeito foi periciado após ser encontrado em uma loja especializada em veículos de alto patrão, na cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Avaliado em R$ 750 mil, o carro foi deixado no local por outro homem, que solicitou a troca dos bancos alegando ter adquirido o bem com alguns pontos de sujeira. A Polícia Civil informou que a suposta sujeira pode se tratar de vestígios de sangue dos rapazes. Local onde os jovens trabalhavam em Salvador TV Bahia A versão dada pelo empresário, em 8 de novembro, antes de ter o mandado de prisão expedido, é que teve cinco toneladas de fardo de alumínio furtados em dois meses e que conseguiu recuperar 500 quilos em 3 de novembro, após seguir o caminhão usado no crime. Segundo ele, no dia 4 de novembro, enquanto registrava ocorrência policial contra um terceiro funcionário, que não teve o nome divulgado, Paulo Daniel e Matusalém foram flagrados em outro furto à empresa. Marcelo Batista ainda informou que planejava ligar para a polícia, para fazer um flagrante no dia seguinte e recuperar a carga roubada. No entanto, os jovens não apareceram para trabalhar e nunca mais entraram em contato. Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻

FONTE: https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2025/01/21/pm-suspeito-de-envolvimento-nas-mortes-de-funcionarios-de-ferro-velho-na-ba-e-solto-corpos-das-vitimas-seguem-desaparecidos.ghtml


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